segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

M.Mãe - M.Tes. - Cap.III - Nos Des. de Deus - Foi Deus

                             QUE ESTRANHO...!
  
A mamãe então começou a freqüentar aos cultos dessa nova Igreja, o Exército de Salvação. Seu prazer era apoiar, participar no Corpo (Igreja) da Penha – SP. Era longe de onde ela morava e havia outro Corpo mais perto, mas era no Corpo da Penha que ela sentia que precisava estar. Era menor e com menos pessoas, então ela poderia ajudar mais, servindo ao Senhor, ativamente, na frente da batalha. Mas, havia algo muito estranho...! Que curioso o modo desse povo realizar os cultos ! Era um tal de no meio do culto dizerem “ALELUIA!”, “GLORIA A DEUS”, também tocar bombo, e, além disso... bater palmas enquanto cantavam !!! Também tinham o costume de dar oportunidades para quem desejasse dar o seu testemunho pessoal. Tudo muito bonito e contagiante. Mas em tudo isso estava muito difícil aceitar as palmas durante os coros e hinos animados. Ela bater palmas?! Que dúvida que crescia no seu coração!

Acostumada com o culto tradicional, onde ninguém falava nada, só permaneciam sentados ouvindo o Pastor, em silencio, ou entoavam solenemente os hinos do “Salmos e Hinos”, que eram (e são) belos e abençoados, e após o sermão do Pastor, o impetrar da Benção Apostólica, toda a congregação voltava a se sentar em silencio, dando tempo para que o Pregador descesse do púlpito e se dirigisse até a saída do Templo, e lá se posicionasse para saudar os irmãos com um aperto de mão e um breve “Deus o abençoe!”.  Lá fora do Templo, então, ocorriam os abraços entre os irmãos e um pouco de conversa, então todos se dirigiam para seus lares a comentar como foi o culto e etc... Até que é gostoso, mas também é bom ser dinâmico.
Nas Reuniões (cultos) do Exército de Salvação, cada vez que cantava um hino, agora denominado de ‘cântico’, e que era animado, todos eram convidados e incentivados  a acompanhar com palmas. Durante o período de testemunhos, os corinhos cantados eram acompanhados com ... palmas!!! Mas será que isto era certo? Sim, era certo! Sim, é certo! O próprio salmista nos manda louvar o Senhor com as nossas palmas: “Batam palmas, vocês todos os povos: aclamem a Deus com cantos de alegria.” (Salmo 47:1). Esta relutância fazia ela pensar até que certo dia, quando todos cantavam animados acompanhando com as palmas, a mamãe se lembrou de seu pai que perdera a sua mão esquerda e se ele desejasse louvar ao Senhor com palmas? Não poderia fazê-lo, e ela que possuía as duas mãos, estava relutando. Assim decidiu usar as suas mãos para o louvor e começou bater palmas enquanto cantava. Também, agora, louvava ao Senhor glorificando-O com ‘aleluias’, ‘Améns’ e ‘Glórias’. Então uma nova maneira de louvor invadiu o seu coração e uma nova alegria enchia o seu ser. Desta forma, não só cantava com os lábios, mas também suas mãos louvavam ao Senhor. Por que não? Hoje em dia, levantam-se as mãos para acompanhar, com certa euforia, as músicas  dos cantores e artistas, muitos dos quais pactuados com satanás. E ainda usam as palmas para marcar o ritmo. Aí podemos perguntar – por que não louvar o Senhor com as nossas palmas e com mãos levantadas? Ele é merecedor de todo o nosso louvor e de toda a nossa expressão de louvor. Lembremo-nos de Miriam, a irmã de Moisés, que dançou, tocou pandeiros, levantou as mãos para louvar ao Senhor pelo grande livramento que o povo de Israel alcançou, quando o Senhor os livrou do Egito fazendo-os atravessar a ‘pés enxutos’ o Mar Vermelho e depois fechou o mar sobre todos os egípcios que os perseguiam. Está registrado em Êxodo 14 a 15:22.

  
FOI DEUS QUEM O FUNDOU!

O Exército de Salvação é uma Igreja Evangélica, que vem marchando desde o século XIX, para engrandecer o nome do Senhor Jesus. Tem enfrentado muitas adversidades, incluindo perseguições, desprezo por parte de algumas Igrejas irmãs. Contudo segue a sua marcha vitoriosa já no século XXI. Bom o Fundador William Booth não estava preocupado em obter as aprovações de outras denominações, ele desejava sim, e de todo o seu coração, ter a aprovação de Deus. Desta forma o Exército é uma Igreja Pentecostal,‘não horizontalmente (copiando outras denominações) mas na vertical’, citou o Comissário Carl S.Eliasen certa vez.
A mamãe aprendeu amar com toda a sua força, este maravilhoso ‘Exército’, desde o seu primeiro encontro até o final de sua vida. Creio que ela o viu pela primeira vez, marchando, pois era assim que os soldados e oficiais salvacionistas dirigiam-se para as praças, afim de realizar os cultos, denominados de  ‘Reunião ao Ar Livre”.  Com a bandeira salvacionista tremulando a frente, todos uniformizados, atraíam as pessoas.  O bombo tocando parecia dizer: ‘vem’,’vem’, ‘vem logo’. Não lembro ao certo, porém reafirmo que acredito ter sido assim o seu primeiro encontro com esta maravilhosa Obra. O fato é que ela foi e ficou.
No inicio, logo sentiu que o Senhor a chamava para serví-Lo nas fileiras salvacionistas. Aqui ela podería seguir sua vocação de menina – ‘ser Ministra’, (pastora).     
 No Exército de Salvação a mulher tem as mesmas responsabilidades que os homens. A mulher tem sido grande instrumento nas mãos de Deus para a salvação de almas, e o Fundador  constatando essa verdade, uma vez observou: “Os meus melhores homens, são as mulheres”.  Sabemos que o trabalho feminino é firme e resoluto. 
Mamãe quando Candidata
aceita ao Oficialato -1942
A mamãe, então ingressou seguindo todos os passos: tornou-se recruta e depois foi alistada sob a bandeira salvacionista, soldada, então se ofereceu para ser oficial.  Tornou-se Candidata, ingressou no Colégio de Cadetes, (Seminário do Exército de Salvação), sendo a 1ª Cadete Fleury. Depois passou a ser Oficial.
Quando ela era Recruta, no Corpo (Igreja) da Penha, veio visitar o trabalho no Brasil o General Christensen (General é o maior grau dentro do Exército de Salvação e comanda toda a Obra Salvacionista no mundo, com sede em Londres – Inglaterra ). Em determinada Reunião (culto), falando diretamente  com os salvacionistas, ele disse:

“Camaradas, o Exército de Salvação foi instituído por Deus, portanto se todos errarem e caírem, até o General cair, você soldado, você recruta, você novo convertido, permaneça em pé, mantenha a bandeira salvacionista de  pé e levante novamente o Exército de Salvação porque ele foi instituído por Deus...”.

Estas palavras calaram tão profundo no coração de minha mãe, que ainda jovem soube entender e levar com dignidade esta bandeira. Para ela era suave e doce pronunciar o seu nome, para ela era imenso prazer estar no Exército de Salvação. Aprendeu a glorificar a Deus com aleluias e améns, onde quer que estivesse. Sua alegria em servir ao Mestre era expressa em louvores que brotavam do seu coração.  

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