CULTOS CASEIROS
Em Santa Cruz do Rio Pardo passamos a frenquentar a Igreja Presbiteriana Independente, igreja esta que era a igreja berço de minha mãe, e eu participava ativamente da Escola Dominical e outros cultos, e a mamãe tornou-se professora da Escola dominical.
Uma das atividades que a mamãe fazia com os adolescentes e pré-adolescentes, eram cultos caseiros, aonde eles dirigiam e também transmitiam a Palavra de Deus, com responsabilidade e seriedade. Eu ainda lembro desses cultos caseiros, como um filme antigo e creio que se algum desses jovenzinhos ler estas minhas lembranças, haverá de se lembrar também.
Uma das atividades que a mamãe fazia com os adolescentes e pré-adolescentes, eram cultos caseiros, aonde eles dirigiam e também transmitiam a Palavra de Deus, com responsabilidade e seriedade. Eu ainda lembro desses cultos caseiros, como um filme antigo e creio que se algum desses jovenzinhos ler estas minhas lembranças, haverá de se lembrar também.
Na IPI de Santa Cruz do Rio Pardo ainda podemos encontrar a nossa amiga Marina , da família Araújo, hoje senhora Marina Oliari que se recorda com saudades desse tempo, e testemunha com simpatia, e outros antigos irmãos, hoje já bem idosos, que eram daquele tempo.
ESCOLA DOMINICAL
Agora passei a contar as minhas recordações, porém, os senhores poderão notar nas entre linhas, que todas essas recordações trazem uma base bem sólida; os ensinamentos de minha querida mãezinha. Foi ela quem me ensinou a amar a Casa de Deus. Foi ela quem me ensinou a amar, acima de tudo, e em primeiro lugar, ao Senhor Jesus. Foi quem me ensinou a me comportar na Igreja e prestar atenção nas pregações do Pastor a quem chamávamos carinhosamente de ‘Reverendo’. Ela me levou ao Senhor Jesus. E hoje eu devo a ela, abaixo de Deus, tudo que sei e sou.
Lembro-me da classe dos ‘Cordeirinhos de Jesus’. Chegávamos a Igreja logo cedo para a Escola Dominical que começava às 9 horas e com as revistinhas de Estudo Bíblico, dirigíamos ao pavilhão de baixo, para as nossas classes. Lá aprendíamos a cantar os corinhos e as lições bíblicas. Lembro-me até hoje de um corinho que aprendi nessa classe:
"A graça de Jesus,
Jamais me faltará ( 3 x )
Eu canto noite e dia, dia e noite sem parar
Com muita alegria, sem nunca me cansar.
A graça de Jesus,
Jamais me faltará, ( 2 x ) No coração.”
Já lá se vão mais de 50 anos.....! Não só este corinho mas também outros que ainda se cantam por todo o meio Evangélico. E quando tocava o sininho, terminávamos a classe com uma oração e subíamos em fila indiana para entrarmos no Templo para a conclusão da Escola Dominical. Lembro-me que ficávamos todos comportados ao lado da porta lateral do Templo esperando o momento de adentrarmos e ocupar os nossos lugares. Cada classe tinha o seu ligar determinado sendo que os Cordeirinhos ficavam logo nos primeiros bancos, pois era a classe de menor idade. Na chamada das classes, todos tínhamos um versículo na ponta da língua para recitarmos. O mais gostoso era a classe receber, ao seu lado, o lindo estandarte, porque fora a classe com maior porcentagem de presença. Também era contados o número de Bíblias, hinários, visitas, e ofertas. O estandarte era o estilo de uma flâmula amarelo-ouro e com o emblema da Escola Dominical, que era trazida num mastro próprio.
Como era lindo....
INSISTÊNCIA VENCEDORA
O vovô nessa época ficou muito doente. Apareceu-lhe em sua coluna dorsal, um tumor que o fez prostrar-se sobre a cama. Suas dores eram muito fortes a ponto de não suportar, nem as dobras dos lençóis em sua cama. Ainda assim ele era muito carinhoso para comigo e eu o queria bem demais. Uma das coisas que eu mais gostava era fazer companhia ao meu avô e conversar com ele. Dizia-lhe:
─ Vovô, Jesus está bem pertinho do senhor aqui. Com os olhos abertos, o senhor não O vê, mas se o senhor fechar os seus olhos, o senhor poderá ver Jesus.
E assim eu vivia a conversar com ele. Depois ele foi para São Paulo – Capital, e no Hospital das Clinicas fez a cirurgia que sanou o problema, voltando para casa em convalescença feliz, graças a Deus.
Não muito tempo depois, eu não estava satisfeita em apenas receber a oferta para a Escola Dominical que ele sempre me dava a cada domingo. Eu queria mais, muito mais ... eu queria que o vovô fosse comigo a Igreja, mas já faziam aproximadamente 30 anos que ele se afastara e nunca mais fora assistir a um culto sequer. Resolvida a levá-lo para a Igreja, comecei a trabalhar: a cada domingo convidava-o e a cada convite meu, ele tinha uma desculpa para dar.
─ Vovô, vamos comigo a Igreja, hoje?
─Ah! Hoje não dá...estou muito cansado. Respondia ele, ao que eu insistia:
─Vamos vovô, o senhor vai gostar! Vamos...?
─Não, hoje não dá, outro dia... respondia, esquivando-se da minha insistência.
Assim foi por vários domingos, até que ele começou a prometer que iría comigo no domingo seguinte. Quando chegava o domingo, eu cobrava a promessa até que um dia eu venci. Consegui levar o meu avô de volta para a Igreja. É bem verdade que ele não ia freqüentemente, mas voltou a entrar na Igreja.
Louvo o Senhor por tal vitória!
SITIO BARRA MANSA
A Tia Ondina, irmã de minha mãe, lecionava no sitio Barra Mansa e eu comecei a ser a sua companheira. Todos os dias íamos de charrete para o sitio. A escolinha era composta de uma sala apenas, que comportava alunos do 1º ao 3º ano primário. A Tia dividia o tempo de aula entre as três series. Lembro-me que ela chamava ao quadro negro, o 1º ano para ler com ela o abecedário e eu no meu lugar, acompanhava tudo e logo aprendi a ler sem que ela percebesse. Eu estava com 6 anos. Quando a tia percebeu que eu já sabia ler igual aos seus alunos, matriculou-me, faltando apenas 2 meses para terminar o ano letivo e eu passei para o 2º ano.
ANDA MENINA!
A minha família é composta, na sua maioria, por professôres, mas eram muito bravos. A tia Ondina não era exceção. Lembro-me que no canto da sala de aula, ela mantinha um maço de varas de marmelo, só que eu nunca a vi usar. O que ela usava era uma régua de madeira de 100 cm, com a qual dava as suas aulas e se algum aluno não obedecesse, a régua esquentava o lombo.
Certo dia estávamos em aula quando um menino do 2º ano começou a bagunçar em classe. A tia Ondina virou para ele, de régua em punho, pronta para lhe bater, quando ele apelou:
─ Não dona Ondina, não fui eu. Foi a Ilaíde... Podem imaginar o que aconteceu? Isso mesmo. A régua quebrou em minha cabeça, sem eu dever ...
Quando já estava idosa e aposentada ela negava veementemente que agia desta forma e se alguém falasse que sofreu este tipo de castigo nas mão dela sofreria o seu desprezo e até ódio. Ela podia dizer qualquer coisa ao contrario, nós que sofremos os ditos castigos é que sabemos!
Outro fato que não esqueço e até me lembro muito bem, até me divirto, pois não guardo uma sombra de ressentimento, foi quando voltávamos do sitio. Descíamos a rua do Bairro de São José em santa Cruz do Rio Pardo, em direção ao centro da cidade, à casa dos meus avós, onde eu morava com minha mãe. No meio de nossa conversa, de repente, a tia resolveu me perguntar como se falava determinadas palavras:
─ É travesseiro ou trabesseiro? Perguntava. E eu demorava em responder, pois não queria falar errado. E o medo do resultado se eu falasse errado? Aonde eu ficaria? Ficava pensando...pensando...de repente a tia achando que eu demorava demais, gritava, levantando o cabo do chicote, ameaçadoramente em minha direção, como quem iría bater com ele em mim. Lembre-se que eu escrevi anteriormente, que nós íamos de charrete para o sitio.
─ Anda menina. É travesseiro ou trabesseiro?
Morrendo de medo de falar errado e de levar uma pancada na cabeça com o cabo do chicote ameaçador, eu respondia tremendo:
─ É...é ..é...
-Anda menina... gritava ameaçadoramente a tia ...
─ éééé TRAVESSEIRO...eu respondia ligeiro
─ Ah bom. ... completava a tia Ondina, para logo em seguida me colocar em apuros novamente, com nova pergunta:
─ É vassoura ou bassoura?
E agora...qual era o certo? Na minha cabecinha de 6 anos, os pensamentos ficavam sem direção. Sem saber para que lado deveria ir, eu demorava para responder e então vinha o grito ameaçador da tia com o cabo do chicote levantado em minha direção caso eu errasse:
─ Anda menina.....
─ ééééééé´....VASSOURA, respondia eu com o coração aos saltos....
─ Ah bom. Novamente retrucava a tia, eu (ufa!!!!!) respirava aliviada. As nossas viagens não se resumiam a ameaças e medo. Elas eram bem gostosas e divertidas, e como nos divertíamos!!!
A tia reagia desta forma porque era seu jeito e naqueles idos anos da década de 50, os professores tinham poder de educar. É verdade que havia muito exagero, mas eram ótimos educadores. Se hoje temos grandes personalidades, porque havia boa educação, tanto em casa como nas Escolas. Hoje em dia ser professor é ser herói! Além de ter que enfrentar a falta de respeito em classe, ainda tornam-se vítimas da situação.
O medo impera nos dias de hoje. Temos medo até da própria sombra. , contudo “O perfeito amor lança fora o medo.” (1João 4:18) Quem tem Jesus como seu Senhor não precisa ter medo. Quem anda nos caminhos de Deus não teme, ainda que seu corpo venha perecer, vítima da situação, a sua alma irá morar no céu com Jesus. Ou será que precisa sofrer ameaças para andar correto? Só Jesus é Senhor, não há outro.
Há pessoas que sabem que devem obedecer ao Senhor, que o caminho em que estão, é errado, que seguindo por ele, irão perecer e perder a sua alma, mas ainda continuam andando por sendas tortuosas, continuam andando errado. É igual aos fumantes e viciados diversos, que sabem que se continuam a praticar tal vicio, poderão perder a vida de maneiras tão drásticas e terríveis, mas continuam no seu vicio. O que poderíamos dizer de tal coisa? Cada pessoa prestará contas de si mesmo a Deus, se perder a sua vida por causa dos vícios, enfrentará o juízo de Deus. Porém ainda ha tempo de reverter situação. Busque o perdão de Deus com sinceridade, com coração sincero e arrependido. Tome firme decisão de não praticar mais o errado e mude de vida. O Senhor Jesus deu a Sua vida para que você tenha a vida. Você crê? Se crê, tome hoje a sua decisão. Não perca a sua alma . Lembre-se que Deus te ama tanto que “deu Seu filho unigênito para que todo o que Nele crê não pereça mas tenha a vida Eterna.” (João 3:16) “Quem Nele crê não é julgado, o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do Unigênito Filho de Deus.”(João 3:18)
O Senhor, hoje, tem para você uma benção sem igual !
Lance fora todo o vício, seja o que for: lance fora. Deixe Jesus ocupar teu coração e te abençoar. Experimente esta nova vida mas seja sincero e decidido pois o Senhor conhece os pensamentos mais escondidos e sonda os corações. O Senhor “Revela o profundo e o escondido, conhece o que está em trevas e com Ele mora a luz.” ( Daniel 2:22 )
Busque o Senhor agora com toda sinceridade e humildade.
Deus ama você!!!