terça-feira, 8 de março de 2011

M.Mãe - M.Tes. - CAP VI - O RETORNO - PESSOA DE BRANCO

UMA BOA MÉDIUM

A vó Francisca e sua família eram espíritas cardecistas. Sua casa estava cheia de quadros de dos santos por eles venerados.  O tio Geníplo (casado com a tia Natalia, que era uma das filhas da vó Francisca), era chefe de um centro de mesa que ele mantinha  na sua casa , no Bairro das Olarias em Ponta Grossa. Logo todos ficaram sabendo que a mamãe era evangélica e não compartilhava  das sua crenças. Sendo assim  eles nunca a forçaram a ser espírita. Entre outros assuntos contínuos que surgiam nas rodadas de chimarrão, falava-se muito na crença professada por eles e a mamãe só ficava ouvindo e ela aprendeu que eles  não aceitavam Jesus como guia.  Um dia o tio Geníplo disse para a mamãe que ela daria uma boa médium. Valendo-se de sua descoberta que eles não aceitavam que Jesus fosse o guia de alguém, respondeu:
- Claro seu Geníplo, mas só se Jesus for o meu guia !
- Mas Jesus não pode ser guia de ninguém!  Respondeu ele.
- Então, sinto muito, mas não posso ser médium. Retrucou a minha mãe e o assunto acabou aí.
  
PESSOA DE BRANCO

Certo dia, o tio Geníplo olhou para mim e perguntou para a mamãe:
- A senhora sabe dizer se alguém da sua família morreu recentemente?  Ao que ela respondeu:
- Não! Não sei. Por quê?
- Porque tem uma pessoa de branco acompanhando a Tide.  Disse o tio Geníplo, usando o meu apelido.
- Verdade!? Que bom! Então é Jesus que está com ela! Retrucou a mamãe.  Nunca mais eles viram alguma coisa a nossa respeito.
A Palavra de Deus nos diz: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa  nenhuma , nem tão pouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não teêm eles parte em cousa alguma que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5-6) “Mostrarás Tu prodígios aos mortos ou os finados se levantarão para te louvar?” (Salmo 88:10) “Os mortos não louvam não louvam o Senhor nem os que descem a região do silêncio.”(Salmo 115:17) Diz o salmista e ainda Moises o grande líder  hebreu que falava com  o Senhor face-a-face, deixou bem claro: “Não se achará entre ti quem faça passa pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor, teu Deus, os lança  de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor, teu Deus.” (Deuteronômio 18:10-13)  Esta ordem divina é também para você que lê estas minhas anotações.  Você quer ir morar com Deus, nos céus?  Então deixe as abominações, deixe a idolatria, sirva ao Senhor Jesus Cristo, vivo, somente.


O QUE É AQUILO !?


No seio da família Silva, a família da vó Francisca, conhecida como nhá Chica, receberam-nos com muito carinho e nos estimavam muito. A casa da vó ficava em uma depressão profunda do terreno.  Entre a casa e a rua de cima havia uma mata e no meio dela existia uma mina de onde se retirava a água para o consumo. Numa determinada noite, as pessoas da casa avistaram  no meio do mato, um grande olho que ficava bem redondo e em seguida  ia diminuindo e afilando igual ao olho de gato e sumia, de repente voltava a aparecer e ia crescendo até ficar novamente, redondo como uma lua cheia. Meus tios eram supersticiosos e tudo para eles era assombração. Ficaram todos com medo e logo encontraram uma solução muito fácil, para eles. Como eles achavam que a minha mãe era uma pessoa muito corajosa, resolveram que ela deveria desvendar este mistério .... mas... o que era aquilo? A mamãe não estava com muito animo, não temia assombrações, pois sabemos que estas coisas não existem, porém o receio que ela sentia era pelo próprio ser humano, alguém com brincadeiras e até más intenções.  Porém, lá foi ela desvendar o mistério tão curioso.  Um tanto assustada com tal visão ela seguia na sua missão.  Com todo o cuidado ela chegou ao local e, surpresa, descobriu que o tal olho que aterrava a todos na casa, não passava de uma tampa da lata de marmelada que quando foi retirada ficou uma lasca formando um gancho e ao ser atirada para o meio do mato, morro abaixo, enroscou-se num galho de árvore e que se movia com a brisa da noite.  Conforme o seu movimento, somado a luz da lua cheia e do poste de luz, fazia aumentar ou diminuir refletindo o brilho da lata. Se a luz batia em cheio, aparecia o olho redondo e brilhante, e a medida que girava diminuía a parte que se podia observar dando o aspecto de olho de gato até sumir completamente para em seguida voltar a aparecer e crescer, fazendo assim um circulo de movimentos intermináveis.


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