quarta-feira, 2 de março de 2011

M.Mãe - M.Tes. - Cap.III - Nos Des. de Deus - TRES DIAS SEM PARAR!

TRÊS DIAS SEM PARAR!


Bom, voltando a história de minha mãezinha, antes que ela ingressasse na Escola de Cadetes, certo dia recebeu um  chamado de seu pai para que ela retornasse imediatamente para sua cidade, porque a sua mãe adoecera gravemente e poderia falecer. De imediato atendeu ao chamado de seu pai e voltou a Santa Cruz do Rio Pardo. Quando chegou, assustou-se, pois observou que a casa de seus pais estava repleta de pessoas. Diante de tal quadro logo pensou o pior, que sua mãe havia sucumbido diante da enfermidade...e não estava errada!  Contudo, ao aproximar-se pode ouvir a voz de sua mãe que falava muito e sem parar.  Como assim?  Ela não havia falecido? Sim. Ela foi a óbito. Mas após 45 min depois ressuscitou. A nossa querida Mãe-Liza (assim a chamávamos, nós os seus netos), ficou gravemente doente, com um diagnóstico de ‘pneumonia dupla’. Lá pelos idos anos de 1935 a 1940 e ainda por mais algum tempo, esta enfermidade era fatal. Em casa de meus avós não fôra diferente. Estava ao lado do leito em que a Mãe-Liza agonizava, o vovô Joanico, o dr Abelardo Pereira Guimarães e o dr.Samuel Guimarães quando ela espirou e sua vida se foi. Um dos médicos presentes, creio ser o Dr.Abelardo, pois era o mais velho dentre os dois médicos, disse ao vovô:
- Joanico, não há mais nada a fazer...
No mesmo instante, o vovô ajoelhou-se  ao lado do corpo inerte de sua amada esposa e pôs-se a orar. Os médicos acostumados a tratar da família e de outros crentes, já sabiam o que ele estava fazendo. Ali ajoelhado, o vovô derramou a sua alma ao Senhor. E o resumo de sua oração foi:
-“Oh! Senhor, eu te imploro, deixe-a voltar só para nos dizer se ela foi para o céu, depois o Senhor pode levá-la...”
Como estava afastado da Igreja já fazia bastante tempo, sua preocupação era a certeza da salvação da alma de sua amada. Deus que conhece a sinceridade de nosso coração, que nos ama acima de qualquer coisa, aprouve atender a oração tão simples, mas sincera do seu desobediente servo. Quem pode perscrutar os pensamentos e desígnios de Deus?
Enquanto ele orava, os médicos não tiravam os olhos da sua paciente, agora sem vida, quando repentinamente a jugular pulsionou e o coração voltou a bater...Então bateram no ombro do vovô e disseram:
- Amigo! Há esperança!
De imediato fizeram o necessário e o que dependia deles, e a Mãe-Liza retornou a vida para alegria e felicidade de toda família.
Não, não foi desmaio. Ela realmente foi a óbito. Não foi desmaio e nem foi ataque. Foi um grande milagre que aconteceu em nossa família. Deus devolvera-lhe a vida e a saúde. Quando Deus realiza um milagre, Ele nunca faz algo incompleto. Se tivesse sido um desmaio ou ataque, a enfermidade persistiría, e também tería ficado sérias conseqüências em seu cérebro, pelo tempo que ficou sem oxigênio. Ela, contudo, foi completamente curada!
A oração do vovô foi ouvida! Deus não só devolveu a vida, como também deu a saúde.
Quando os médicos anunciaram a morte dela, algumas pessoas da família tiveram reações diferentes: uma das irmãs da Mãe-Liza, saiu correndo pela rua, em desespero.  Outros foram para baixo do ‘pé-de-manga’...outros... bom foram diversas as reações.
A Mãe-Liza, por sua vez, ao retornar, ou melhor dizendo, ao ressuscitar, voltou falando muito, descrevendo o que vira durante a sua “incrível viagem”. Descreveu todos os acontecimentos que envolveram o instante de seu desenlace; ela viu a sua irmã a correr pela rua, viu seus filhos e outros sob a mangueira em oração e viu mais, ela viu o seu filho mais velho, o Jair, amarrado em correntes (isto foi espiritual) e outros não tão acorrentados. A cada um de seus filhos, ela descreveu algo que vira. Da minha mãe, a sua filha mais velha, nada falou. Quando alguém vinha lhe falar, ela descrevia tudo o que tinha visto daquela pessoa, fosse ou não da família. Aconteceu com uma amiga da minha Tia Vasni, que surpresa perguntou:
- Vasni, você falou alguma coisa da minha vida para tua mãe?!
- Não! Eu não falei nada! Respondeu a tia Vasni.
Foram três dias sem parar. Depois cessou. Nunca mais ela falou sobre a vida de ninguém. Contou-me a mamãe que depois disso, a sua mãe via-se perseguida por inúmeras cobras que ameaçavam atacá-la, eram visões que lhe atormentavam. Ela enfrentava e resistia em oração e também recitava o Credo Apostólico. Diz a Palavra de Deus: “Pois não temos de lutar contra a carne e o sangue, e,  sim contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade, nas regiões celestes.” (Efésios 6:12)Também o príncipe deste mundo, que é satanás, está associado a figura da serpente:  “Ele segurou o dragão que é a antiga serpente, que é o diabo, satanás, e o prendeu por mil anos.” (Apocalipse 20:2) “Eis aí vos dei autoridade para pisardes e escorpiões e sobre todo o poder  do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” (Lucas 10:19) “Sujeitai-vos portanto, a Deus; mas resisti ao diabo e ele fugirá de vós .” (Tiago 4:7) Estas visões de serpentes ameaçadoras querendo atacá-la, duraram por mais algum tempo, até que certo dia ela exclamou:


- VENCI!!!

Desde então ela deixou de ter tais visões e passou a viver uma vida tranqüila. Eu sempre soube desta história e nunca antes tive coragem de comentar com ela, pois me  guardava de tocar no assunto, até que certo dia sem querer eu falei sobre isso e ela respondeu:
─ É verdade!
─ Mãe-Liza, a senhora lembra disso?! Perguntei admirada.
Sim, eu me lembro. Respondeu ela.
─ Então, me conta. Como foi? A senhora chegou entrar no céu ?  Novamente perguntei curiosa e feliz por poder ouvir a história contada por ela. E ela passou a me contar. Como já me referi anteriormente, nós tínhamos um carinho muito grande pelos meus avós, e para mim que estava com 20 anos de idade, ouvi-la contar era simplesmente magnífico. Disse-me que vira um clarão muito forte e uma voz que saía de dentro desse clarão, que dizia:

Volte. Você precisa voltar. Coma de tudo. Você irá viver mais dez anos.

Obedecendo a Voz ela retornou. O inimigo não queria deixá-la em paz, mas o Senhor lhe dera vitória! Continuou fiel ao Senhor Deus, servindo-O como uma boa cristã na IPI – Igreja Presbiteriana Independente de Santa Cruz do Rio Pardo. Sabemos que os tempos de Deus não são os nossos e a Mãe-Liza  viveu uns trinta anos mais. Alguns meses após esta nossa conversa, ela foi chamada para a presença do Mestre.  Na semana que antecedeu a sua morte em seu leito de hospital, ela ainda pregava o Evangelho para sua vizinha que fora lhe fazer uma visita. Contemplara anjos voando em seu quarto e deu-lhes um  “até amanhã” e na madrugada do dia 14 de agosto de 1971, às 3 hs., ela partiu para sempre, deixando em nossos corações  a grande saudade. Sinto ter perdido tantas oportunidades de ouro de saber melhor das histórias que ela podería me contar.  Na sua derradeira oração, no Hospital, ela dizia ao Senhor:

─ Eu quero cantar hinos de louvor junto com os anjos aí no céu...!

Agradeceu por tudo que recebera do Senhor e mostrou que estava preparada para morar no céu.

Será que você está preparado para se encontrar com Deus?


(visite o meu segundo blog tidefleury.blog.com )



Um comentário:

  1. Apenas vou fazer uma correção aqui no nome do médico o dr. Samuel. Eu escrevi acima que era dr Samuel Guimarães, está errado na verdade era dr. Samuel Figueira. Futuramente vou rever o português e corrigir erros grosseiros que estou percebendo e peço desculpa aos meus amigos leitores. Obrigada! ILAÍDE LANGE FLURY (A Autora)

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