domingo, 6 de março de 2011

M.Mãe - M.Tes. - CAP VI - O RETORNO - VIAGEM DE VOLTA

CAPÍTULO VI – O  RETORNO
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 VIAGEM DE VOLTA


Passado o período da dieta, ela resolveu que deveria retornar ao Paraná, a cidade de Ponta Grossa.  Meu pai precisava me conhecer.  No 46º dia após o parto, ela embarcou no trem que nos levaria de volta para Ponta Grossa, numa viagem de 2 dias.  Naquele tempo não havia outro meio de transporte mais acessível que o trem, a Maria-fumaça! Você já viajou tantas horas assim, num trem puxado por uma ‘Maria-Fumaça’?   Delicia de viagem ... Espera aí, eu era apenas um bebê com 1 mês e meio de vida, não posso lembrar dessa  viagem, mas lembro-me, e com saudades, das viagens que fazíamos todo final de ano, de Ponta Grossa – PR  até Ourinhos – SP, quando íamos visitar meu avós em Santa Cruz do Rio Pardo – SP e esta viagem levava mais ou menos 13 horas.  A mamãe nunca me contou qual foi a reação do meu pai quando me viu, porém ela sempre me fez entender o quanto ele me amava.


UMA NOVA MORADIA


Quando eu estava com 6 meses de idade, ela precisou encontrar um novo local para morar, porém precisava ser um lugar aonde eu pudesse ficar para que ela pudesse trabalhar.
Aí ela viu uma casa num lugar sossegado e comigo em seus braços foi até lá  falar com os moradores.  O casal de idosos já a estavam observando enquanto descia o carreiro daquele terreno vago, que ficava acima da casa.  Então o senhor comentou com a sua esposa que se aquela mulher com o bebê estivesse a procura de um lugar para morar eles deveriam aceitar, pois poderia ser uma boa companhia para a velhinha quando ele se fosse.  Não sei dizer porque ele disse isso, pois quem me contou tal episódio foi a vó Francisca.  Então quando a mamãe chegou ao portão foi bem recebida e aceita para morar com eles.   A pouco tempo a tia Tereza me contou que a família no inicio não achou muito bom, mas depois puderam conhecer quem era a Elza, e nos aceitaram como membros de sua família. Até hoje os chamo de ‘tios’ embora todos já tenham falecido com exceção da tia Tereza, por quem tenho muito apreço, e carinho.  Assim ganhamos uma nova família.  A vó Francisca logo ficou viúva. Podem perceber que eu arranjei uma avó e posso dizer que ela era maravilhosa.  Desde que comecei a falar e até hoje eu a chamei de vó e seus filhos de tio e tia. Como me referi antes, ganhamos uma nova família; não de sangue, mas de coração.  Agora a mamãe podia trabalhar tranqüila porque eu estava sendo muito bem cuidada.  O tio Otálio, filho mais novo da vó Francisca, era recém casado com uma jovenzinha de 15 anos, de Curitiba – PR, chamada Tereza Laurindo, que se tornou a minha tia Tereza. Casal novo e sem filhos, eu fui o bebê da casa e a princesinha, cuidada e defendida por todos.  Quando comecei a andar, a vó Francisca me escondia debaixo da mesa, para que ninguém me machucasse, quando chegavam seus filhos e a família para visitá-la. Enquanto contavam seus causos e tomavam chimarrão, sentados em roda, eu ficava sob a mesa e sob as vistas da vó Francisca e da tia Tereza.
Isto me faz lembrar da promessa do Senhor para aqueles que Nele confiam:  “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra.” (Sl. 34:7) “Pois Eu lhe serei, diz o Senhor, um muro de fogo em redor e Eu mesmo serei no meio dela, a sua  glória.” (Zc.2:5)  O Senhor deu a promessa de proteção para todos  aqueles  “que O temem”.  Quem não tem Deus, não pode ter a proteção Dele.  Se confiam em barro para os proteger, ou mesmo nas coisas da natureza ou ainda em superstições então que tais coisas os salvem na hora da adversidade, se podem...  Deus que criou os céus e a terra  e todos os planetas e satélites, também muito mais coisas que não podemos ver e talvez nem conheçamos a sua existência, não irá proteger aqueles que não crêem de coração Nele pois mostram que não confiam no verdadeiro Deus, mas crêem e confiam nas coisas perecíveis.  Crêem e confiam na obra, na criatura e não no Autor da obra, no Criador Todo-poderoso.  Depois saem a lastimar-se. Mas o que pode Deus fazer se o homem não O aceita? Como poderá Ele ajudar alguém  que crê em coisas tão insignificantes?  Deus não divide a Sua glória  e o povo de Israel, a nação israelita  foi destruída por causa do pecado de idolatria.... quer você também ser destruído por causa de seus deuses de barro, pedra, porcelana, louça, etc...? “Deus é espírito e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” São estas pessoas que Deus procura para seus adoradores, pois “O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angustia e conhece os que Nele se refugiam.”  (Naum 1:7)  Neste mundo muitos não têm onde morar. Muitos perdem seus lares  e tudo que possuem e ficam sem lugar para dormir, então vão para debaixo dos viadutos , pontes, marquises, casas abandonadas ou invadem terrenos obsoletos e constroem seus barraquinhos que nem são de pau-a-pique, mas são de papelão, pedaços de lâminas finas nas paredes e forros.   Deus conhece, mas o homem precisa buscar o Deus verdadeiro. O homem precisa largar de fazer magias  e macumbas.  O homem precisa deixar de acreditar em poder de números, a tal ‘numerologia’,  e astros, pois só Deus é o Senhor! Só Jesus Cristo salva! Só Jesus é o verdadeiro caminho. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim.” ( João 14:6)    e mais: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas . Se assim não fora eu vo-lo tería dito. Pois vou preparar-vos lugar.” (João 14:1)  e para o pai do menino possesso, Jesus disse antes de expelir o demônio: “Se podes! Tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23)  e nós deveremos responder igual esse senhor respondeu para Jesus “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” (Marcos 9:24) e para Jairo, Jesus disse: “Não temas, crê somente.” (Lucas 8:50).

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