sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

M.Mãe - M.Tes. - CAP.II - A Família - COMEÇO DIFICIL

               COMEÇO DIFICIL

  Quando decidimos servir a Jesus, há  muitas barreiras que devemos enfrentar. Essas barreiras poderão começar em nosso próprio lar, com a nossa própria família. Muitas vezes nos taxam de loucos, desequilibrados... nos tornamos alvo das recriminações por parte daqueles que se acham no poder de decidir o que devemos fazer de nossa vida. Nos tornamos alvos das conversas, falam: “Você viu o fulano? Agora, diz ele que é crente”... e outro então responde: “É vamos ver quanto tempo vai durar”. Assim nos tornamos alvo das brincadeiras, das piadas, das conversas em geral. Uns apóiam, mas a maioria recrimina. Não devemos esquecer que Jesus também sofreu essas discriminações a ponto de ser crucificado.
   A mamãe quando jovenzinha era a companheira ideal para algumas primas, irmãs, amigas, que sempre a levavam em sua companhia. Ela, então, acompanhava-as nos passeios, ao cinema, etc... até que um dia sentiu que não estava fazendo a vontade de Deus para sua vida. Decidiu-se, de vez, por Jesus. Seu prazer estava em ir a Igreja para adorar e louvar o seu Senhor. Sua comunhão com os irmãos na fé, era grande. Assim sendo tornou-se “persona nom grata”, pois de agora em diante não participaria mais das piadas, de alguns passeios, das sessões cinematográficas, etc... Agora, diziam: faltava-lhe um parafuso. Todos os domingos, ela desejava participar das atividades dominicais da Igreja, assim como: Escola Dominical, o culto caseiro nas fazendas, sítios ou patrimônios e o culto vespertino. Como filha obediente que era, não saia sem obter a permissão do seu pai.


         SERMÕES E MAIS SERMÕES


    Quando chegavam os domingos pela manhã, a mamãe logo cedo se arrumava, preparava a sua Bíblia e hinário, orava e então ia falar ao seu pai, dizendo:

─ Papai, posso ir a Escola Dominical?

     O vovô então lhe dizia um sermão em primeiro lugar, depois completava: ‘Hum! Vá.’ Então antes que ele resolvesse voltar atrás ela apanhava a sua Bíblia e hinário e saia rapidamente. Não lembro de que ela tenha se referido, alguma vez, que o vovô tenha voltado atrás a sua autorização. Porém, outro sermão a aguardava quando retornasse. Assim acontecia dominicalmente e...

─ Havia domingo que eu ouvia 6 sermões do papai...(me dizia a mamãe e continuava...) até que cansada de tantos sermões...resolvi reduzi-los para apenas dois.

   De que forma? Lembremos que ela ouvia esses “sermões” de seu pai ao sair e ao voltar de cada atividade da Igreja. Então, após pensar bem, resolveu ir a Igreja pela manhã e só retornar a sua casa após o culto vespertino. Porém é bom notarmos que os seus pais sabiam aonde ela se encontrava. O domingo inteiro ela passava no Templo ou em atividades programadas pela Igreja. Quando não havia o culto da tarde, ela ficava arrumando, enfeitando o templo, ou mesmo ensaiando, cantando ou tocando o órgão. Seu prazer era cantar e tocar o órgão. De seus lábios brotava os louvores sinceros e suas orações partiam da alma. É bom notarmos, que o fato dela se recusar voltar para casa após as atividades, não detonava um ato de rebeldia, porém apenas estava cansada de tantos “sermões” e resolveu diminuir o seu “castigo”, assim sendo passou de seis sermões para apenas dois – um pela manhã quando saia para ir a Escola Dominical e outro a noite quando retornava da Igreja. Também gostaria aqui de destacar que ela já estava com idade adulta.
   Desejo lembrar aqui, ao amigo, que tudo isso aconteceu porque o vovô se afastara da Igreja quando seus filhos eram ainda pequenos. O vovô era uma pessoa querida e respeitada, mas havia sido magoado profundamente pelos ciúmes demonstrados e piadas opressoras que algumas pessoas demonstraram e disseram dirigidas a ele quando freqüentava firme a Igreja no sítio. Por esse motivo, ele não aceitava que alguém viesse lhe falar sobre a Igreja. Ele cria que poderia manter seu cristianismo sozinho em casa. Também, eu creio, que lhe era difícil entender porque sua filha mais velha teria que ir a Igreja todos os domingos, porque ela não se contentava ir lá de vez em quando, igual as suas irmãs? Poderemos nós condená-lo?
Não! Devemos agradecer a Deus que ele não se afastou da fé. Ele não se afastou de Deus! “Aquele que está de pé, cuida para que não caia” (I Corintios 10:12).
 “Sede sóbrios vigilantes. O diabo vosso adversário anda em derredor como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhes firmes na fé”...(I Pedro 5:08). “Vigiai em todo tempo e orai para que sejais hávidos por dignos de escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do Homem” (Lucas 21:36).
   Quanto a freqüentar regularmente a Igreja é de vital importância para todo aquele que desejar ter uma vida espiritual sadia. Embora possamos encontrar alguns tropeços, devemos lembrar que na comunhão com os irmãos na fé, nós cresceremos e venceremos, biblicamente isto é o que devemos fazer. Deus deseja que mantenhamos comunhão com os irmãos. “Declararei o Teu Nome aos meus irmãos; louvarte-ei no meio da congregação” (Salmos 22:22). “Celebrai a Deus na grande congregação; celebrai ao Senhor na congregação de Israel” (Salmos 68:26). “Não deixando de congregar-nos como é costume de alguns, mas admoestemo-nos uns aos outros, e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hebreus 10:25). 
     Os outros  passos para a saúde espiritual é o estudo da Palavra de Deus e oração. Se não oramos, não lemos a Bíblia e não vamos a Igreja, como desejamos crescer na presença de Deus? Se usamos esta receita diariamente então teremos força para vencer o nosso inimigo que é satanás. Teremos o poder de Deus para vencer!

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