terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Minha Mãe - Meu Tesouro - Cap1 - Recordações da Infância (cont 2)

Uma mulher na Mina

      “Era uma vez...” – que começo contagiante! Cada vez que ouvimos essa frase, invade a nossa mente um sentido de curiosidade, porque sabemos que, a seguir, vêm historinhas. Pois aqui vai:
Era uma vez um homem muito medroso e por causa do seu medo ele andava muito...! Como é isso? Quando os meus avós moravam no sítio, vinha lhes visitar um amigo da família. Porém dava uma enorme volta para não passar em frente a mina, pois dizia haver ali uma mulher gigantesca que ficava se curvando para aqueles que por ali ousavam passar. A mamãe, no alto dos seus 7 anos de idade, ouviu a tal história contada pelo amigo medroso, e ficou muito curiosa: Assombração? O que será? Ou, quem seria? Sua cabecinha ficou a fervilhar pela curiosidade. Então surgiu uma luz: “Vou ver o que é”! Medo? Quem tem medo? Aquele amigo visitante, talvez, mas a Elza? Não! Decididamente, não! Aí resolveu levantar bem cedo sem que ninguém a fim de ver a tal assombração. Como pensou, assim fez. Levantou-se antes do sol nascer. Estava ainda escuro. Ela porém, cheia de coragem encaminhou-se para a tal mina. Qual não foi a sua surpresa quando chegou lá e se deparou com aquela enorme mulher, que lhe dava a sensação de ter se tornado tão pequenina e indefesa, e a qual trazia um enorme chapéu na gigantesca cabeça, e se curvava como que lhe cumprimentando. Mas o que era aquilo? A corajosa menina ficou ali petrificada, sem conseguir tirar os olhos de tal aparição, até que o dia amanheceu.
     Qual não foi a sua surpresa, agora, ao descobrir o segredo! Aquela gigantesca mulher de chapéu na cabeça que se curvava aos transeuntes, era, nada mais nada menos que uma árvore de 3 copas que balançava-se com o vento e a noite com luar dava a idéia que aquela árvore era mulher com chapéu na cabeça. Quando a pequena Elza voltou para casa, contou a todos a sua vitoriosa descoberta. O amigo agora teria que suportar a brincadeira de todos. Um homem que era vencido pela curiosidade infantil e um adulto com medo de uma assombração que foi desmascarada por uma menininha de apenas 7 anos de idade mas decidida e curiosa.
      Quais são os nossos medos? O que está assombrando a nossa alma? Você não precisa fugir ou mudar para longe, você pode vencer o seu medo, pois se Jesus habita contigo nada, veja bem: NADA, poderá te assustar. “Não temerás o terror noturno, nem a seta que voa de dia, nem a peste que anda na escuridão, nem a praga que destrói ao meio-dia. Mil cairão ao teu lado, dez mil a tua direita mas tu não serás atingido... Se fizeres do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo a tua habitação, nenhum mal te sucederá nem praga alguma chegará a tua tenda. Pois aos seus anjos dará ordens a teu respeito para te guardarem em todos os teus caminhos”... 

 O CAMINHO SUMIU


     A minha avó, a qual nós, os seus netos, chamávamos carinhosamente de “Mãe Liza”, mandou o filho mais velho ir a casa de sua mãe (a minha bisavó). Lá foi o garoto Jair para cumprir a ordem de sua mãe. Ele deveria buscar alguns pães. Quando chegou a casa dela, precisou esperar que os tais pães caseiros, não são tão fáceis de fazer e demoram algumas horas até que se possam deglutir o gostoso e nutritivo pão caseiro. A mãe Liza começou a se afligir com a demora do filho. Lá no sítio aonde moravam, era visitado por alguns animais selvagens como onça e jaguatirica. A mãe dela, também morava no mesmo sítio só que não era tão perto. Aí, mais uma vez, a pequena Elza ofereceu-se par ir atrás do seu irmão. Escureceu e não havia luar, então a noite tornou-se mais densa para aquela menina. Lá foi a Elza tateando pelo caminho e de repente ela constata aflita que perdera o caminho. E agora? O perigo era grande e ela  não poderia  ficar parada. Deus contudo a estava guardando! Contou-me ela, que não conseguia ver nada quando de repente sentiu roçar em algo quente... levou a sua mãozinha e reconheceu que estava no pasto, entre o gado que ela conhecia muito bem e assim tocando e falando com os animais deitados, chamava-os pelos seus nomes, e pela posição dela ela conseguia se direcionar e com alívio logo divisou ao fundo, a trêmula chama dos lampiões da casa da vovó que lançavam na densa escuridão sua tênue luz. Que alívio! Porém ela também precisou ficar até que alguém veio buscá-los.
  Muitas vezes nos sentimos perdidos em nossa caminhada pela vida. Sentímo-nos perdidos e cegos! Então é o momento de confiar, mas confiar em quem? Muitas pessoas usam patuás, vão atrás de cartomantes, ou de lançar sortes, ou ainda vão atrás de outras crendices como atrás de espíritos... Contudo a palavra nos diz: “Só o Senhor é Deus em cima nos céus, e embaixo na terra; nenhum outro há”. Porque cremos na criatura em vez de crer no Criador? Só Deus é Senhor. Só Deus pode guardar, abençoar, fortalecer: “Só Tu és Senhor. Fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo que nele há, os mares e tudo que neles há. Tu os conservas com vida a todos e o exército dos céus te adora”. Creia somente em Deus! Só Ele pode te ajudar. Só Ele pode te guiar. Deixe dessas crendices tolas que só vão atrapalhar a tua vida. Crê em Deus! “Crê no Senhor e serás salvo, tu e tua casa”. Pense nisso!           

2 comentários:

  1. Você é da família Maneta que possui um terreno em Mauá ?
    Linda história!

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