sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

M.Mãe - M.Tes. - CAP.II - A Família - UMA MUDANÇA

DIRETAS – INDIRETAS   
Ilaíde Lange Fleury

Voltemos os nossos olhos para os idos anos da infância da prole benfazeja do Sr. João Fleury, chamado carinhosamente de Joanico e de sua adorada esposa, a dona Eliza Martins Fleury, a nossa querida Mãe-liza. Quando criança ela, a minha avó, ganhou o apelido de Pequitita, pois era menor, em tamanho, de todas as irmãs. Esse apelido não vigorou até ao seu casamento.
Lá no sítio onde moravam, o vovô ia a Igrejinha local, levando toda a família e também se esforçava por levar outras pessoas. Seu amor e carinho pela Igreja, eram grande e tudo que fazia mostrava seu entusiasmo e interesse para que a Igreja crescesse. Isto fez com que surgisse ciúme por parte de alguns. Sabemos, com certeza que o ser humano é falho e nós não devemos olhar para os homens, mas devemos manter firmes nossos olhos no consumador da nossa fé... Sim, Jesus é tudo e o bom exemplo só pode encontrar Nele. Só Ele é perfeito.
O que agora escrevo não é para escandalizar ninguém, não é para que os amigos e irmãos recriminem qualquer um que seja. Julgar – só o Senhor! Não desejo de modo algum fazer julgamento aqui, pois isto pertence a Deus. Quero mostrar aqui, o quanto é perigoso falarmos sem pensar. Poderemos destruir muito mais que uma Igreja, muito mais que um lugar de destaque almejado. Poderemos destruir vidas... Poderemos destruir almas! Então teremos que prestar contas ao nosso Deus e Senhor. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação conforme a necessidade para que beneficie aos que a ouvem.” (Efésios 4:29). E temos Gravado as palavras de Jesus: “Mas Eu vos digo que de toda a palavra frívola que os homens proferirem hão de dar conta no dia do juízo. Pois pelas tuas palavras serás justificado e pelas tuas palavras serás condenado” .(Mateus 12:36 e 37)
 Haviam pessoas, ali naquela Igrejinha, que deram ouvidos aos bochichos diabólicos e começaram e lançar em suas prédicas, algumas fábulas como indiretas bem direcionadas. Fábulas como a do sapo que desejava ser do tamanho do boi, ou ainda ditados tais como “quem nasceu para 10 réis, não chega a um vintém...” e outras semelhantes a estas, que de tão amiúdes que eram, tornaram-se visíveis e atingiram o seu triste alvo... Que lástima! O vovô, magoado e ferido no mais íntimo de sua alma, afastou-se da Igreja levando consigo toda sua família. O estrago só não foi maior porque ele afastou-se apenas da Igreja, não de Deus. Continuou lendo a bíblia e ensinando-a aos filhos.
Contudo, todos nós sabemos que se uma bateria não estiver ligada na fonte, ela logo acaba. Se retirarmos um tição fumegante do meio das outras, não demora a que ele apague e vire carvão. Há quem pense que poderá permanecer bem “aceso” longe do convívio da Igreja. Triste engano e mentira diabólica.
“Não deixando de congregar-nos como é costume de alguns”. Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Porque ali o Senhor ordena a benção e a vida para sempre”( Hebreus 10:25; Salmo 133:1 e 3b).
                         
UMA MUDANÇA
Ilaíde Lange Fleury
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Queridos amigos;
Pode uma criança entender a Palavra de Deus?  Pode sim e é da boca de pequeninos que sai o perfeito louvor, diz o Senhor.  E na 1a infância tem acontecido ao longo dos anos verdadeiras conversões e transformações que permanecem por toda a vida dessa pessoa.  
Foi o que aconteceu com minha mãe.
                   *************     Ilaíde Lange Fleury
A mamãe me contava, que quando o seu pai reunia os filhos para contar e ler as histórias bíblicas, ela gostava de ficar bem aconchegada, apoiada sobre a perna do seu pai com suas mãozinhas sobre o joelho dele, ouvindo-o atentamente a contar as histórias bíblicas. Desta feita, ele estava a contar a bela história de Moisés, então nesse dia ela entregou seu coraçãozinho para Jesus, convertendo-se. Mas... espera aí! A sua família já não era crente? A sua mãe já não nascera em berço evangélico? Sim! Não só a Mãe-Liza como também a vovózinha, que era a mãe da Mãe-Liza. Então como é isso? Calma, vou explicar.
O Senhor Francisco Inácio Borges havia se convertido ao Evangelho quando era mais novo. Ele criou toda a família no Evangelho, na Igreja crente e uma de suas filhas era a dona Cotinha, que veria a ser a mãe da minha avó e que também criou toda a família (12 filhos) nos caminhos do Senhor Jesus. Em capítulo anterior me referi a ela e expressei a alegria que eu sentia de poder estar com ela na Igreja. A minha querida bisavó, a vovozinha, viveu diante do Senhor! Assim sendo pelo seu exemplo e ensino os seus filhos criaram os seus próprios filhos na Igreja ensinando as Sagradas letras, ensinando servir ao Senhor.
Aqui podemos ver que a minha mãe, já era a 4ª geração a nascer no Evangelho, em berço evangélico. Então ela já era salva! Engano... não é assim. Poderíamos pensar que não haveria necessidade dela ter que aceitar a Jesus como seu Salvador, uma conversão pessoal. Contudo, se olharmos para a Bíblia, vamos encontrar a explicação que vem do Senhor.
        A Salvação é individual, é pessoal. Ela não é hereditária, de pai para filho. Só porque meu pai e minha mãe são salvos por Jesus, não quer dizer que eu o seja. Eu precisarei tomar a minha própria decisão que dever ser muito consciente e pessoal. Também o inverso é verdade – não serei condenado só porque o meu pai ou a minha mãe não serve ao Senhor Jesus. O que nos ensina o Senhor? “Pois todas as almas são Minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é Minha. A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:04). Cada pessoa levará sobre os seus ombros o seu próprio pecado, levará a responsabilidade pessoal sobre a iniqüidade cometida: “Mas cada um morrerá pela sua, iniqüidade”... (Jr. 31:30). Também fala que: “Quem Nele (Jesus) crê no nome do Unigênito Filho de Deus”(Jo. 3:18). Também Jesus completa para nós. “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por Mim”(Jo. 14:06). Observe que o Senhor não usou o coletivo mas individual, “ninguém vem” esse ninguém se refere a mim e a você. Então, o que devo fazer? A resposta vem do Senhor: “Arrependei-vos pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”(Atos 3:19).             
   Assim a pequenina Elza entregou seu coraçãozinho para Jesus e ao mesmo tempo sentiu o chamado de Jesus para servi-lo de corpo e alma e ela desejou ser “Ministra” (pastora) ao que disse ao seu pai:

─ Papai eu quero ser Ministra

─ Não é Ministra Elza, é Missionária – retrucou o pai.

─ Não, papai. Eu quero ser Ministra!  Teimou e não adiantava o vovô corrigi-la.

Para ela, Missionária era pouco. Ela conhecia os Pastores da Igreja aos quais chamavam de “Ministros” e era este o seu chamado – para ser Pastora e cuidar do rebanho de Deus!

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