sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

UM TRIBUTO DE GRATIDÃO


Vou fazer uma pequena pausa para contar a razão de tanta alegria ao ver estes dois oficiais.
O major Hofer fôra nosso Pastor em Ponta Grossa quando eu era pré-adolescente e a mamãe quando era oficial teve o privilégio de trabalhar com os pais do major que também eram oficiais e em um dia em visita a nossa Igreja em Ponta Grossa. PR o Brigadeiro Hofer (o pai) muito feliz de encontrar a minha mãe disse-me:
─ Você deve escrever um livro sobre a história de sua mãe. Não esqueça, faça isso, ela merece!
Verdade, ela merecia, minha querida mãezinha merecia sempre ser lembrada e sua vida foi um exemplo. Também o major Hofer foi o chefe do comando que me chamou para Portugal. Agora ele estava trabalhando nova mente, no Brasil.
A Tenente Coronel Wakai - eu a conhecia quando eu estava com 15 anos por ocasião de um congresso de jovens que estudam a Bíblia, chamados do Exercito de Salvação de cadetes locais. Ela era auxiliar do seminário, do Exercito de Salvação em São Paulo, nessa época.
Alguns anos mais tarde quando eu já era oficial, fui trabalhar com ela, a então capitã Wakai e eu a tenente Fleury.
Nessa época, a mamãe precisava de novo par de óculos, pois já não enxergava mais nada com os seus. O oftalmologista que ela consultou deu-lhe uma notícia um tanto preocupante. Precisava ser operada por causa da catarata que já havia tomado conta de seus olhos. Aqueles lindos olhos castanhos claros e que às vezes tornavam-se esverdeados, precisavam de um cuidado especial. Como realizar tal cirurgia?
Então descobri que em Niterói – RJ, local em que eu estava trabalhando, havia uma excelente clínica especializada, a Clínica Santa Beatriz. A mamãe, contudo, precisava de um tratamento de saúde, seu coração necessitava de cuidados.
Bem próximo a nossa casa havia um posto de saúde, o que poderia facilitar o tratamento para a mamãe. Com a permissão da minha oficial dirigente a Capitã Wakai, trouxe a mamãe para ficar conosco enquanto se tratava.
Logo no inicio, eu recebi nova nomeação. Deveria me transferir para o seminário do Exército de Salvação em São Paulo.

 DEUS ESCUTA


E agora, que fazer? A mamãe precisava do tratamento e estava apenas no inicio... Deveria interromper tudo? Naquela noite na minha oração falei com o Senhor:
─ Senhor, e agora o que vou fazer?
No dia seguinte, logo cedo fui surpreendida pele capitã, quando ela me disse:
─ Tenente, você não precisa pensar o que vai fazer agora; pode ir tranqüila, que eu cuido da sua mãe.
Deus me respondeu fazendo com que a Capitã Wakai me dissesse as mesmas palavras que orei sussurrando em meu quarto a sós com Deus. “Os justos clamam, e o Senhor os ouve; livra-os de todas as suas angústias” (Salmo 34:17). “certamente a mão do Senhor não esta encolhida, para que nos possa salvar, nem surdo o Seu ouvido para que não possa ouvir”. (Isaias 59:1).
Eu pergunto para você amigo, você crê que Deus te pode ouvir? “Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?” (Salmo 94:9). Mas você sabia que há empecilhos para que Deus não escute? Veja o que diz Jó. “ certo é que Deus não houve a gritos vazios nem atenta para eles o Todo Poderoso”. (Jó 35:13).” Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós para que não vos ouça” (Isaias 59:2). Observe amigo que o pecado fará com que Deus não responda a nossa oração. Então é o momento  de observar e fazer uma auto- análise, auto- crítica e vencer o pecado que esta fazendo a barreira entre você e Deus.
Diz o compositor sacro:

                      “Deixa a luz do céu entrar
                        Deixa o Sol em ti nascer
                        Abre o coração e deixa Cristo entrar
                        E o Sol em ti nascer.”
           Autora: Ada Blenrhon                 Tradutor: Antonio Querino Lomba


        TRATAMENTO CUIDADOSO

Assim, sendo, eu me mudei para São Paulo e a Capitã Wakai cumpriu o que me prometeu. A mamãe fez o tratamento do seu coração, fez a cirurgia de um olho e depois de uns dois meses fez a segunda cirurgia, digo, a cirurgia do outro olho, levando mais ou menos uns seis meses em que ficou na casa da Capitã e ela cuidou do meu tesouro com muito carinho e desvê-lo. Havia uma ordem do médico para que a cirurgia tivesse sucesso: A paciente não podia fazer movimentos com a cabeça por um determinado tempo. Hoje em dia sabemos que tais cirurgias são muito simples e seguras, não resolvem, mas o risco de vida para o paciente  e nem há necessidade de internação, são feitas a lazer em poucos minutos, porém no ano de 1978, havia a necessidade de anestesia e repouso absoluto.
A mamãe me contava que a Capitã alem de fazer tudo por ela a tratava com carinho, não permitindo que ela fizesse qualquer coisa que fosse em casa, e ainda permitia que a sua nova auxiliar , a Tenente Ester dos Santos a acompanhasse ao médico quando precisava retornar.
Fiquei muito grata a Deus por tudo que a minha querida Capitã Wakai fizera para minha mãe. Ela cuidou tão bem que a mamãe voltou a enxergar e a cirurgia foi um sucesso. Hoje em dia, a Tenente Coronel Ruth Wakai, esta aposentada  e rogo a Deus pela sua vida e saúde.
Ate o fim de seus dias todos o médicos oftalmológicos que a examinavam, admiravam-se da perfeição da cirurgia que fizera.

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