sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CAPITULO XII – TRISTE RETORNO

CAPITULO  XII – TRISTE RETORNO


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DERRAME

O prezado leitor, sabe o que é um derrame? Chamado de AVCI-(acidente vascular cerebral isquêmico) ou AVCH (acidente vascular cerebral hemorrágico).
O AVCI- pode ser causado por vários motivos. A isquemia – conforme Aurélio –“supressão da circulação sanguínea em determinada parte do organismo”. Um coágulo pode correr a circulação e enquanto estiver percorrendo vasos com calibre maior de nada faz e pode ainda ser dissolvido sem  causar qualquer dano, contudo, no momento em que ele alcançar vasos menores poderá interromper a corrente sangüínea em toda a rede vascular a partir do ponto em que o coagulo, ou embolo, enroscou, aí toda área que estiver essa rede sangüínea, deixa de ser  irrigada e pode vir a perder a sensibilidade, função e a vida.
Quando isso ocorre no cérebro, então a pessoa perde determinadas funções dependendo de onde se localizou o coagulo ou embolo.  Então dizemos que essa pessoa sofreu um AVCI ou derrame cerebral isquêmico.
O AVCH – acidente vascular cerebral hemorrágico ou derrame cerebral hemorrágico, onde há o rompimento de vasos sangüíneos dentro do cérebro, causando um coma ou morte.  Resultado de PA (pressão arterial) elevada.
O AVC realmente não mata, ele abre a porta para outras enfermidades, pode acelerar a senilidade, ou seja a esclerose, se a pessoa já tiver tendência para tal.  Também enfraquece de forma que a pessoa acometida por AVC fica exposta a fortes gripes, pneumonias,  fraturas pelas quedas sofridas devido a falta de equilíbrio, etc... além de causar sofrimento porque as outras pessoas não entendem, não tem paciência e exigem uma atitude mais coerente do doente sendo que ele não tem mais tal capacidade.  Há fleches de memórias, que podem ser raros ou até mesmo inexistentes.


VIDA INDESEJADA


Na verdade não era esta a vida de lutas com a saúde, de ver meu tesourinho prostrada sob o efeito de tão grande derrame, que sonhei, orei e que sempre almejei viver. Meu sonho era ver minha mãezinha bem idosa, ainda andando sozinha mesmo que fosse sobre o seu bordão, falando, cantando e aconselhando com suas sabias palavras.   Como sería lindo poder dizer:

 ─ Vejam esta velhinha, tão doce, é a minha mãezinha !

Orava sempre para que o Senhor lhe desse saúde.  Ele me falou quando eu estava com apenas 4 anos e meio que ela iria viver mais 100 anos...! Agora ela estava doente.....Foi o Senhor quem nos criou, quem nos formou, quem idealizou cada célula de nosso corpo. Se Ele quisesse, podería recuperar as células danificadas e mortas do cérebro de minha mãe. Disto eu nunca duvidei.  Porém Deus sabe o que faz e nós sempre confiamos Nele.  Não sería agora que nós deixaríamos de confiar , porém, mais do que nunca confiaria no Senhor.  O que somos nós para discutir com o Criador? Quem sou eu para cobrar do Senhor qualquer coisa que seja? Ele sabe todas as coisas. “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá.” (Provérbios 19:21).  E também  se vivemos no mundo sofremos as conseqüências do mundo.  Somos matéria, somos carne e assim temos que enfrentar os problemas que isto nos traz, contudo sabemos que a nossa luta está diante do Senhor  porque “Ele mesmo tomou nossas enfermidades e carregou com as nossas dores” (Mateus 8:17). Não estamos sozinhos o Senhor Jesus está conosco, ao nosso lado nos ajudando. “Eis que estou convosco até a consumação do século.” (Mateus 28:20)  É a Sua promessa e eu sempre cri, e o Senhor nunca nos abandonou... No mundo passais por aflições; mas tende bom animo; Eu venci o mundo.” (João 16:33) Disse Jesus.

QUADRO TRISTE

 Deparei com a minha mãe, deitada ali, naquela cama do hospital protegida por uma taboa para que não caísse e tivesse resultados traumáticos.  Olhando para o seu rosto amado com hematomas no lado esquerdo, pois a taboa em seu leito não a segurou quando em suas agitações, ela caiu da cama, eu ainda não entendia bem toda a gravidade do estado de saúde de minha mãe.
O médico que cuidava dela, deu alta no dia seguinte, antes porém,  explicou-me como eu deveria cuidar dela, dizendo que ela não andaria mais e mostrou-me que ela não tinha coordenação no corpo. Quadro triste este, ver a minha querida mãezinha amarrada na poltrona, sem coordenação motora e com a sua mente completamente confusa.  Lembro-me que ao subir as escadas que davam acesso à enfermaria da ala feminina, onde ela se encontrava, pude ouvir a sua voz que me chamava...
─ Tide, Tide, Tide,...me tire daqui; Tide, Tide,...     Quando cheguei ela me olhou  com seus olhinhos pidões e me implorava que a desamarrasse.   Soube que ela brigava com as enfermeiras dizendo que elas iriam ver, quando eu chegasse....
─ Deixe minha filha chegar, ela vai me soltar.... Completava.  Mas como desamarrá-la? Eu não poderia atender ao seu apelo. Pude observar no seu rosto amado, a sua expressão de desilusão....
Porém, logo pude levá-la para casa.

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