quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

TENTATIVA FRUSTRADA         


Os meses passaram e estivemos tentando novos rumos em nossa vida. Tentamos deixar a mamãe do Lar de Outono em Campos do Jordão para ver se ela acostumava. Ela estava concordando com tudo, porém em poucos dias ela precisou ser hospitalizada e a sua saúde e recuperação volta para mais ou menos dois anos. Sua saúde corria perigo, e o médico então deu um atestado que ela não poderia ficar longe da filha.

  LOUCA?

Nesse tempo, também ela começou a chamar por mim durante a noite, não deixava ninguém dormir, pois chamava-me a noite toda. As suas companheiras de quarto não entendendo a causa, disseram que ela estava fora de si.  
Por aqueles dias teríamos um acampamento Feminino em Suzano-SP, no “Vale de Bênçãos”. Combinamos, e a diretora daquele Lar, trouxe a mamãe ao meu encontro.
Na primeira noite, quase não conseguimos dormir, a mamãe e eu. Logo que o sono começava a chegar repentinamente a mamãe começou a falar.
─ Meu Deus, ai meu Deus; Tide, Tide me ajude,...
Quando olhei ela estava demonstrando muito dor no joelho direito. Era só começar a dormir, seu joelho dava ferroadas que fazia ela quase chorar de dor e por isso que me chamava a noite toda. Tentei ajudá-la fazendo massagem e orando pois eu não tinha nem uma pomada, eu garrafa com álcool para massagear sua perna e joelho. No dia seguinte consegui a pomada, necessária e então, com a ajuda de Deus, ela sentiu-se melhor. Quando retornamos a Atibaia, levei-a para fazer exames e foi diagnosticada “bursite” (infecção na junta) no joelho o que só seria possível tratar com infiltrações. (infecções no joelho). Só assim ela pôde se livrar da dor que a maltratava.


     “QUEM TE VIU QUEM TE VÊ”

Fiquei tão triste ao ver o estado que ela ficou, por causa de sua saúde: Arcada para frente, sem equilíbrio ou precisando andar em cadeira-de-rodas. Eu nunca me conformava ou aceitava que o meu tesouro se entregasse para doença. Observando isto eu falei:
─ Mamãe, o que é isso?! Vamos, vamos; levante o corpo! Reage mãezinha. Vamos...
Então ela endireitou e começou a sua nova recuperação. Em uns dois dias já voltou a andar sobre o seu bordão. Quando entramos no salão, ao encontro com as demais acompanhantes, a Diretora do Lar a viu entrar andando e tentando brincar com a sua bengala, exclamou:
─ Eh! Dona Elza “Quem te viu e quem te vê”...
Só vendo pra crer!!!
Graças a Deus que Ele nos socorreu e ajudou nesta grande melhora.

NOVOS RUMOS

No mês de julho-1993, fui trabalhar em Campinas como auxiliar e responsável pela creche no Jardim Campineiro. Morando no mesmo local, a mamãe começou a ter espasmos como pequenas convulsões quase que diariamente. Para mim, poder conciliar os dois ali  não foi fácil e também enfrentamos diversas dificuldades. No final do ano eu me sentia quebrada e triste por ver que a mamãe piorava de saúde e eu nada podia fazer. O local em que morávamos, não ficava perto de nenhum socorro. Eu estava sentindo que ela caminhava para um novo derrame e o que eu iria poder fazer? O medo de que ela viesse a perecer sem que eu conseguisse buscar socorro começou a invadir minha alma. Aflição, tristeza, porém eu sabia que Deus  não havia nos abandonado e Nele eu depositei mais uma vez a minha confiança e esperança. Solicitei ao meu chefe licença por tempo indeterminado e fomos para Santa Cruz do Rio Pardo-SP. Chegamos lá na manhã do dia 7 de dezembro.


    A PROVIDÊNCIA DIVINA

Eu sentia preocupação sobre como iríamos chegar em casa, levando bagagem e carregando a mamãe...contudo o Senhor já Havia providenciado a condução. Quando olhei ao lado da plataforma, havia uma camionete vermelha estacionada e então me ocorreu à idéia de pedir a ajuda ao proprietário, o que prontamente me ajudou, e me falou:
─ Hoje, já é o terceiro dia que eu venho aqui para buscar uma peça para o meu carro e só hoje ele chegou.
Pensei comigo: “Obrigada meu Senhor, porque o Senhor providenciou este carro que veio nos esperar...” aí eu senti mais uma vez que Deus estava comigo naquela decisão.


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