sábado, 20 de agosto de 2011

M.Mãe - M.Tes. - CAP.VIII – LUTANDO PARA VIVER - BOA COSTUREIRA ‘POBRE’!

PRESENTES INESQUECÍVEIS

Dois anos ficamos morando em Santa Cruz do Rio Pardo - SP, na casa de meus avós. Lembro de presentes que ganhei dos meus tios, e do vovô.  Quando o vovô estava fazendo tratamento no Hospital das Clinicas, em São Paulo, por ocasião da retirada do tumor na coluna, o tio Ittai lembrou-se de mim  e resolveu me trazer um lindo anel.  O vovô trouxe-me um boneco que tinha um barbante que saia de sua avantajada barriguinha e na extremidade trazia um peso em forma de mamadeira.  Esse bonequinho com 16 cm de altura, saia a correr, sobre a mesa, atrás de sua mamadeira que pendurada, puxava-o até a borda. Ainda o tenho. 
    Outro presente inesquecível foi quando o tio Ittai, um belo dia chegou da rua, trazendo em baixo de seus braços, dois enormes (para o meu tamanho na época) embrulhos redondos.  Nesse tempo a tia Vasni estava passando férias na casa de meus avós e eu brincava com a minha prima Nilcéa. O tio Ittai chegou com esses embrulhos e estendeu um para mim e outro para Nilcéa, quando eu abri meu pacote, era uma linda bola de borracha, toda colorida ...  Alguns anos mais tarde ganhei uma pulseira de ouro cheia de balangandãs, muito linda, da tia Jacira que na época era noiva do tio Julinho, o irmão caçula da mamãe.  Também  aos meus 4 anos mais ou menos (não sei ao certo), a Mãe-Liza e a tia Vasni me deram um par de brinquinhos de ouro.  Meus ouros me roubaram, mas a lembrança gostosa de tê-los ganho, jamais passou. 
Quando eu tinha 9 anos de idade, guardei os  meus ouros em lugar que achei ser seguro e uma pessoa que morava conosco os achou e os carregou. Fiquei sem meus brincos, minha linda pulseira, minha corrente,  e eu nunca mais vi as minhas jóias de ouro, restando a boa lembrança do carinho dos meus amados, mas também o gosto amargo de ter sido roubada.
Este incidente me faz lembrar do que diz a Palavra de Deus:”Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça, nem ferrugem corroi e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração.”( Mateus 6:19 a 21 )
Você lembra da taça que o Brasil ganhou na Copa do Mundo em 1970? O Brasil foi Tri campeão de futebol e levantou com muito orgulho a taça... que emoção...que linda taça de ouro maciço que nós ganhamos, a taça Julies Rimet. Depois de vibrar e mostrar para o mundo todo, ela foi guardada, “muito bem guardada”... !!! Mas, um dia a Pátria descobre estarrecida  que o símbolo de seu orgulho Nacional, banhada pelo suor dos nossos valorosos jogadores da seleção, premio tão disputado e cobiçado, simplesmente sumiu, como por encanto...aonde está? Quem a levou? Cadê a taça? Ninguém sabe, ninguém viu.  Virou pó, evaporou-se.....
    Nós temos um tesouro inestimável, de valor incalculável: a nossa alma.   Você é mais valioso que todo o ouro do mundo.  A tua alma é mais preciosa que o ouro puro e refinado.    Jesus deu a Sua própria vida, para que  você alcance a salvação de tua alma, Ele deu a vida por você.  Esse tesouro precisa estar bem guardado e há que tomar cuidado pois um ladrão anda rondando e esperando e esperando uma brecha para roubar, ele é perigoso e astuto.  Seu desejo é destruir , matar, e fazer com que a nossa alma se perca. 
Ouça este conselho: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.” ( 1 Pedro 5:8 )  “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundancia.”(  João 10:10 ) Palavras do Senhor Jesus. 

SAUDADES DA VÓ FRANCISCA


Após dois anos retornamos a Ponta Grossa, no Paraná, para recomeçarmos a nossa vida.  Eu estava impaciente, pois  queria chegar logo na casa da vó Francisca. Estava com muitas saudades e não suportava a distancia que tínhamos que andar, desde a estação de onde desembarcamos do trem, para chegar até a casa da vó e então ficava perguntando, o tempo todo,  pela vovó.   Quando chegamos no portão da casa dela, a mamãe bateu palmas e eu chamei, e a vó Francisca olhou pela janela  lateral, e sem acreditar no que via, começou a chorar. Até hoje não esqueço deste quadro.  A minha saudade era tão grande que, ao vê-la, queria logo abraçá-la e ficar no seu colo, aconchegada em seus braços.
Ficamos morando com ela por alguns tempos e depois fomos morar na casa de uma outra senhora idosa, e aí eu ganhei mais uma avó – a vó Arminda. Ali morávamos no sótão da casa, em dois cômodos.  A mamãe nessa época costurava para fora. Era como podíamos nos sustentar.

                          BOA COSTUREIRA ‘POBRE’!

Quando estávamos em Santa Cruz, a mamãe fez o curso de Corte e Costura, e era excelente em sua profissão.  Quando as freguesas lhe traziam os cortes de tecidos para fazer os seus modelos, por muitas vezes idealizados por elas mesmas, sem escolher em revistas de modelos, a mamãe desenhava o modelo com a aprovação da freguesa, então tirava as medidas.  Quando a peça ficava pronta, a freguesa vestia e lhe caia como luva, raramente precisando de retoque. 
Hoje em dia faz-se várias provas e ainda não sai do gosto da freguesa. Ela era uma excelente costureira mas era pobre.  Essas mesmas freguesas  quando tinham um modelo mais complicado ou mais chique, para algum evento social importante, levavam para as senhoras modistas, madames da sociedade... O nome atraía as freguesas mais que o preço baixo que a minha mãe pedia.  Ela não tinha um nome de sociedade.  Não era raro mais tarde estas mesmas freguesas trazerem as suas maravilhosas roupas, para que a mamãe consertasse e recuperasse ... os defeitos quase incorrigíveis das sras. madames. Muitas pessoas agem desta forma, não só com o seu próximo, mas com Deus.   Trazem para Deus só os seus problemas e quando se recuperam, esquecem-se de Deus, voltam-se para o mundo e nem se lembram que Deus quer também fazer parte do seu dia-a-dia, também nas suas horas boas quando não há problemas. Será que devemos dar a Deus, o Senhor da vida, apenas nossas preocupações, problemas, dificuldades, desilusões, nossas doenças, e etc. ?  É verdade que o Senhor deseja nos ajudar a resolver tudo isso, mas depois devemos ser gratos  e devemos servi-Lo  de coração, Ele quer e merece o nosso louvor.  “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto.” (Isaias 55:6) “Semeai para vós outros em justiça, ceifai segundo a misericórdia; arai o campo de pousio; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que Ele venha e chova a justiça sobre vós.” (Oséias 10:12)“Portanto não vos inquieteis, dizendo: que comeremos? Que beberemos? Ou, com  que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai,  pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:31 a 33

                           O que você tem dado para Deus?


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